Condenado por matar advogado no lugar de juiz foi estrangulado com corda dentro da cela, revela PC
Uma corda e uma arma branca foram encontradas no corpo da vítima, segundo as investigações
Mariane Rodrigues
06/06/2025 às 21:01 - há XX semanas
Detentos prestaram depoimento e confessaram crime.. TV Pajuçara
As investigações da Polícia Civil revelam que o detento Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 42 anos, foi morto estrangulado com uma corda e agredido com arma branca pelos companheiros de cela no Complexo Prisional, em Maceió. O assassinato ocorreu nessa quinta-feira (5). Ele era condenado pela morte do advogado mineiro Nudson Harley, que foi vítima do homicídio em julho de 2009, em Maceió, por engano. O alvo era o então juiz de Direito Marcelo Tadeu.
De acordo com o delegado Daniel Otoni, que investiga o caso, dois suspeitos foram presos em flagrantes por este crime e confessaram participação no assassinato.
Os primeiros levantamentos da Polícia Civil revelam que, dentro da cela, tinham seis detentos, incluindo a vítima. De acordo com as investigações, todos teriam participado diretamente do crime. Os cinco já foram identificados.
Ainda de acordo com o delegado Daniel Otoni, foi identificado no local do crime que no corpo da vítima havia um instrumento de arma branca e uma corda, usada para estrangulamento.
No entanto, em relação a uma possível entrada de arma branca no sistema prisional, a autoridade policial disse que é prematuro afirmar como ela foi parar nas mãos dos detentos.
“Em relação à arma branca usada no crime, é muito prematuro a gente dizer se entrou alguma arma pela penitenciária. Mesmo porque a Polícia Penal tem mecanismos para fazer fiscalização de entrada de objetos, de alimentação”, afirmou ele.
As suspeitas são de que a arma foi confeccionada pelos próprios detentos com materiais encontrados no próprio sistema prisional.
“O que sabemos, na área policial, é que os presos sempre utilizam estoque, que são armas que eles começam a afiar dentro da cela. Eles podem pegar qualquer tipo de material, madeira, algum tipo de ferro e eles acabam amolando e usando isso como instrumento perfurocortante”, explicou Daniel Otoni.
A Polícia Civil investiga ainda o que pode ter motivado o assassinato.
Durante a apuração do crime pela polícia, a equipe identificou que um dos custodiados envolvidos já tem histórico de homicídios contra colegas de cela.
Em outubro de 2024, esse mesmo detento foi transferido do Presídio de Segurança Máxima de Maceió para a Penitenciária de Segurança Máxima e, na ocasião, assassinou outro interno utilizando uma metodologia semelhante à do crime atual.
Na época, ele foi imediatamente transferido para a Penitenciária do Agreste.
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