Travesti sofre queimaduras graves após terminar namoro com preso
Travesti foi atacada com água quente pelo companheiro. Casal está preso em unidade exclusiva para o público LGTBQIA+
G1
12/06/2025 às 14:15 - há XX semanas
Penitenciária Prof. Jason Soares Abergaria, em São Joaquim de Bicas (MG). Foto: Redes sociais/Reprodução
Uma detenta foi encaminhada nesta quarta-feira (11) para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, com queimaduras graves após ser agredida pelo companheiro, dentro da Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana da capital. A unidade prisional é exclusiva para o público LGTBQIA+.
Outros presos intervieram e espancaram o homem, que foi retirado da cela desacordado. Ele foi encaminhado para o Hospital Regional de Betim, na Grande BH.
Sarah é travesti e, segundo os relatos de três testemunhas que constam no boletim de ocorrência, ela tinha terminado o relacionamento com o detento Elísio dos Santos após uma discussão do casal na noite de terça-feira (10).
No dia seguinte, por volta das 5h da manhã, Santos acordou e colocou água para ferver enquanto Sarah usava o banheiro. Ao retornar, eles discutiram novamente, quando Santos jogou a água quente sobre ela, seguido de socos no rosto e puxões de cabelo, conforme consta no boletim.
Sarah sofreu queimaduras na cabeça, tórax, nos braços, e machucados no rosto. Pela gravidade das queimaduras, ela foi encaminhada imediatamente para atendimento médico.
Uma das testemunhas disse à polícia que agrediu Santos para tentar proteger Sarah. Elísio teria ainda feito ameaças dizendo que tinha uma faca.
Segundo a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sejusp), a mulher e o homem estão estáveis e não correm risco de vida. Os detentos que também ficaram feridos serão examinadas pelo Instituto Médico Legal.
Os crimes foram registrados como tentativa de homicídio e lesão corporal. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) será responsável pelas investigações.
Em nota, a Sejusp esclareceu que a água foi fervida "de forma artesanal".
"Foi instaurado pela direção da unidade prisional um procedimento interno para apurar as circunstâncias do ocorrido. Os envolvidos arão pelo Conselho Disciplinar e poderão sofrer sanções istrativas.", informou a Sejusp
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