Com a chegada das festas juninas, a alegria toma conta de Alagoas, tanto na capital quanto no interior. No entanto, o uso de fogos de artifício, tradicional neste período, representa um risco significativo, especialmente para crianças e adolescentes. Queimaduras e lesões graves, que podem levar até à amputação de dedos e mãos, estão entre as consequências mais preocupantes.
Em 2024, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) registrou 45 casos de queimaduras em Maceió e Arapiraca, incluindo ocorrências com fogos de artifício. Somente até maio deste ano, já foram contabilizadas 13 ocorrências, o que reforça a necessidade de atenção redobrada durante as comemorações juninas.
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Riscos e tipos de queimaduras
A enfermeira Beatriz Santana, coordenadora do Samu Maceió, alerta que os fogos podem causar queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus, além de lesões traumáticas. “A falta de cuidado pode resultar em danos irreversíveis, como a perda de membros”, destaca.
O médico socorrista Ewerton Soares explica os graus de gravidade das queimaduras:
- 1º grau: atinge a camada superficial da pele, causando vermelhidão e dor;
- 2º grau: afeta camadas mais profundas, provocando bolhas e inchaço;
- 3º grau: destrói todas as camadas da pele e pode atingir músculos e ossos, exigindo tratamento complexo.
Cuidados e primeiros socorros
Para prevenir acidentes, o Samu orienta:
- Não permitir que crianças manuseiem fogos sem supervisão de um adulto;
- Comprar apenas produtos certificados e de fornecedores confiáveis;
- Seguir rigorosamente as instruções de uso.
Em caso de queimaduras, os primeiros socorros recomendados são:
- Resfriar o local com água corrente por 10 minutos (não utilizar gelo);
- Cobrir com um pano limpo e seco;
- Procurar atendimento médico imediatamente em casos mais graves.
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